Segundo o teósofo C. W. Leadbeater em seu livro "A Clarividência"
única maneira absolutamente segura de desenvolver a clarividência é
entrar com toda a nossa energia para o caminho da evolução moral e
mental, a um estádio da qual esta e outras das faculdades superiores
espontaneamente começarão a mostrar-se. Há, porém, uma prática que
todas as religiões aconselham - que, se for cuidadosa e
reverentemente adotada, não poderá fazer mal a ninguém, e da qual
muitas vezes tem saído um tipo muito puro de clarividência; é a
prática da meditação.
Escolha um indivíduo uma certa hora do dia - hora em que tenha a
certeza de que o não perturbarão , ainda que deva ser preferivelmente
de dia e não de noite - e dedique-se durante esse tempo a manter o
seu espírito inteiramente livre de todos os pensamentos materiais,
seja de que espécie forem, e, atingido isso, trate de dirigir toda a
força do seu pensamento sobre o ideal mais elevado que conheça.
Verificará que a obtençao desse domínio do seu pensamento é
imensamente mais difícil do que julga, mas, logo que ele o atinja,
não pode deixar de lhe ser de todas as maneiras muito benefico, e, à
medida que ele se torna mais e mais capaz de elevar e concentrar os
seus pensamentos, poderá descobrir que, pouco a pouco, ante ele se
vão abrindo novos mundos.
Como exercício preliminar para o pleno conseguimento de tal
meditação, verá que é útil exercitar-se na prática da concentração
nas coisas da vida cotidiana - mesmo nas mais banais e simples. Se
escreve uma carta, não pense senão na carta enquanto não a acabar; se
lê um livro, trate de ver que o seu pensamento nunca sde desvie do
sentido do que o autor escreveu. Deve aprender a dominar o seu
espírito, a ser dono o dele, assim como das suas paixões inferiores;
deve pacientemente trabalhar para obter um domínio absoluto dos deus
pensamentos, de modo que saiba sempre em que é que está pensando, e
por quê - de modo que possa usar o seu espírito como um esgrimista
hábil usa o sabre.
E, contudo, se aqueles que tanto desejam ter a clarividênciaa
pudessem ter temporariamente por um dia, ou mesmo por uma hora, é
duvidoso que quisessem conservar o dom. É verdade que abre diante
deles novos mundos para estudo, novos poderes para ser útil, e por
esta última razão muitos de nós achamos que vale a pena; mas não
devemos esquecer que apra alguém cujo dever o chama a viver ainda no
mund, a clarividência não é inteiramente agradável. Sobre alguém, em
quem se abriu essa visão, a tristeza e a desgraça, o mal e o vício do
mundo caem como um fardo constante, até que, nos primeiros dias do
seu conhecimento, ele muitas vezes evoca o sentido doloroso daqueles
versos vibrantes de Schiller:
"Por que me lançaste assim para a cidade dos eternamente cegos, para
proclamar o teu oráculo através do sentido aberto? De que serve
levantar o véu quando as trevas próximas ameaçam? Só a ignorância é a
vida; esta sabedoria é a morte. Leva outra ves esta triste clareza de
vista; tir as meus olhos esta luz cruel! É horrível ser o canal
mortal da tua Verdade! Torna a dar-me a minha cegueira, a feliz
escuridão dos meus sentidos; torna a levar o teu dom terrível!"
Mas este não passa, é claro, de um sentimento que desaparece, porque
a visão superior breve mostra ao aluno qualquer coisa para além da
tristeza - cedo traz à sua alma a ceteza esmagadora de que, seja o
que for o que as aparências pareçam indicar, todas as coias estão sem
duvida trabalhando juntas para a vitória final do bem de todos. Ele
pondera que o pecado e o sofrimento ali estão, quer ele os veja ou
não, e que, afinal, quando os pode ver, sempre está em melhor
situação para poder auxiliar os outros do que se estivesse
trabalhando às escuras, e assim, pouco a pouco, aprende a tomara sua
parte do pesado carma do mundo.
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